segunda-feira, 14 de maio de 2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Intolerância a lactose
A pedido de uma leitora, hoje vamos
falar sobre intolerância a lactose, uma síndrome que acomete grande parte da
população brasileira.
O que é a intolerância a lactose?
Uma síndrome clinica caracterizada
pela incapacidade (total ou parcial) de digerir a lactase, uma enzima responsável
pela digestão do açúcar do leite (lactose) e de seus derivados.
Quais são os tipos?
A intolerância a lactose pode ser
primária ou secundária. Mas primeiro é importante entender a diferença
existente entre duas situações: a intolerância e a alergia, que são
constantemente confundidas.
A intolerância é uma reação adversa aos
alimentos que envolvem a digestão ou o metabolismo, porém não o sistema imunitário.
A alergia é uma resposta do sistema imunológico a componentes alimentares,
geralmente proteínas; é quase que exclusivamente limitada aos recém-nascidos.
A deficiência primária é o tipo mais comum na
população, consiste numa tendência natural do organismo em diminuir a produção
de lactase com o avançar da idade.
Já a deficiência secundária é uma resposta às infecções
intestinais, como a diarreia persistente, bastante comum em crianças no
primeiro ano de vida, na qual provoca a morte das células da mucosa intestinal,
produtoras de lactase. E à medida que
as células são recuperadas a deficiência vai sendo eliminada.
Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns são: gases,
desconforto e dor abdominal, diarreia ou às vezes constipação e náuseas.
Geralmente os sintomas aparecem entre 30 minutos e 2 horas após a ingestão de
leite ou derivados. A gravidade dos sintomas vai depender da quantidade de
lactose que foi ingerida e a quantidade que é tolerada pelo organismo.
Como saber se você tem intolerância
à lactose?
Se você se identifica com os sintomas
citados acima sempre que ingere leite e derivados, é importante que você
procure um médico. Através do teste de tolerância à lactose ,o exame mais comum, o médico poderá
confirmar o diagnóstico.
Para
fazer este teste o paciente ingere em jejum um líquido com dose concentrada de
lactose e durante duas horas obtêm-se várias amostras de sangue para medir o
nível de glicose, que reflete a digestão do açúcar do leite. Se a lactose não é
quebrada, o nível de glicose no sangue não aumentará e, consequentemente, o
diagnóstico de intolerância à lactose será confirmado.
Qual o tratamento para a intolerância
a lactose?
Não existe
cura para a intolerância à lactose, mas é possível tratar os sintomas
limitando, ou em alguns casos, evitando produtos com leite ou derivados.
A
orientação de um nutricionista poderá auxilia-lo melhor, pois o tratamento deve
ser individualizado com uma adaptação aos hábitos alimentares, onde cada pessoa
aprenderá sobre quais alimentos lácteos poderá ingerir sem sentir sintomas.
Outra opção bastante comum é o uso de cápsulas
de lactase, um suplemento alimentar que auxilia na digestão da lactose.
Atualmente só é comercializado no exterior, no Brasil somente é encontrado em farmácias de
manipulação, mediante a apresentação de receita fornecida pelo seu
nutricionista.
Cara leitora espero, ter esclarecido
suas dúvidas, caso contrário faça sua pergunta na caixa de comentários que eu
estarei respondendo.
Referências:
Tulla
H. Lactose Intolerance. Journal of the American College of Nutrition, Vol. 19, No. 2, 165S–175S
(2000).
terça-feira, 10 de abril de 2012
Fibras
A inclusão de fibras na
alimentação diária ajuda a prevenir muitos problemas e traz inúmeros
benefícios. Como o controle do peso dado pela sensação de saciedade que
proporciona; ajuda a evitar a constipação e atua na prevenção e no tratamento
de algumas doenças.
De acordo com suas propriedades físicas são classificadas em solúveis e insolúveis.
Referência Bibliográfica: Manual de Nutrição Clínica:para atendimento ambulatorial do adulto.Leila Sicupira Carneiro de Souza Leão, Maria do Carmo Rebello Gomes. 11ª.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
O maior efeito benéfico
das fibras alimentares na saúde está relacionado com o tubo digestório,
proporcionando a formação de bolo fecal com maior umidade e peso, facilitando a
eliminação fecal regular e diminuindo a permanência do bolo fecal no intestino
grosso.
As fibras são
substâncias de origem vegetal que não são consideradas fontes de energia,
porque não podem ser digeridas pelas enzimas do sistema digestivo humano.
Mas se o consumo de fibras não for associado à ingestão
de no mínimo 2,0 litros de água/dia, é certo que a constipação aparecerá gerando um efeito
inverso do que foi esperado.
De acordo com suas propriedades físicas são classificadas em solúveis e insolúveis.
As Fibras solúveis têm
a habilidade de se ligar à água e formar géis, servindo também de alimento para
bactérias do intestino.
Fazem parte deste grupo
as pectinas, gomas (presente nas sementes), o psyllium e algumas hemiceluloses.
Estão presentes nos seguintes alimentos: aveia, linhaça, cevada, frutas, leguminosas, sementes
entre outros.
Pectinas: são
encontradas nas frutas, geralmente na casca de frutas cítricas, como o maracujá
e na polpa da maçã. São utilizadas na indústria de alimentos por suas
características funcionais, como por exemplo, para formar géis no preparo de geleias.
As fibras solúveis
exercem efeitos sobre o organismo diminuindo o colesterol sanguíneo, retarda a
absorção de glicose e retém umidade nos excrementos, amolecendo-os facilitando
a excreção do bolo fecal.
Fibras insolúveis são
encontradas em todos os tipos de substância vegetal. A principal fonte está
presente nas camadas externas de grãos de cereais. Fazem parte deste grupo os
farelos de cereais (trigo, milho), grãos integrais (pães, biscoitos, arroz,
macarrão não refinado), oleaginosas (nozes, amêndoas e castanha do Brasil).
O importante efeito
fisiológico das fibras insolúveis ocorre sobre o cólon, aumentando o volume do
bolo fecal e a sua velocidade de passagem pelo colón.
Dúvidas mais comuns:
Qual a
quantidade diária de fibra recomendada, que devemos ingerir?
A recomendação de
fibras para adultos é de 20 a 30 g/dia (ADA, 2001).
Quais alimentos contêm fibras?
Quais alimentos contêm fibras?
Alimentos ricos em
fibras solúveis: abacate, abacaxi, acerola, agrião, alface, alho, almeirão,
ameixa, avelã, banana-da-terra, banana-maçã, banana-prata, batata, berinjela, beterraba
cozida, caqui, cará, cebola, cenoura cozida, figo, fruta-do-conde, inhame,
jabuticaba, jaca, jambo, kiwi, laranja, maçã, mamão, mandioca, manga, maracujá,
maxixe, melancia, melão, mostarda, nabo, nêspera, nozes, pepino, pera, pêssego,
rabanete, repolho, tangerina, uva.
Alimentos ricos em
fibras insolúveis: abóbora, abobrinha, acelga, agrião, alho-poró, amêndoas,
aspargo, azeitona, banana-d’água, bertalha, brócolis, caju, carambola,
castanha, chicória, cogumelo, couve- flor, espinafre, goiaba, jatobá, jiló,
morango, palmito, pimentão, quiabo, taioba, tomate, vagem.
Quais alimentos são praticamente isentos de fibras?
Geralmente, as proteínas animais (carnes, leite, ovos, peixe, queijos), as
gorduras (manteiga, óleos em geral, creme de leite), vários tipos de doces e
massas com cereais refinados.
As fibras
presentes nos alimentos são todas iguais?
Não. As fibras podem ser solúveis ou insolúveis. Ambos os tipos estão
presentes em quase todos os alimentos que contêm fibras, em maior ou menor
quantidade. Para o bom funcionamento intestinal, recomenda-se a ingestão
balanceada de fibras solúveis e insolúveis.
Referência Bibliográfica: Manual de Nutrição Clínica:para atendimento ambulatorial do adulto.Leila Sicupira Carneiro de Souza Leão, Maria do Carmo Rebello Gomes. 11ª.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Orientações nutricionais para insônia
A incapacidade
de pegar no sono ou manter o sono, não é considerada uma doença, mas é decorrente de um problema ou doença mais
grave.
Existem 2 tipos de insônia: as situacionais, que afetam as pessoas que
passam por dificuldades ocasionais e as patológicas que atingem indivíduos com doenças psicofisiológicas mais graves,
como depressão ou ansiedade.
A dieta deve ser
equilibrada, rica em substâncias que facilitem o sono e que favoreçam uma fácil
digestão , preparações gordurosas, bebidas energéticas e o excesso de alimentos
devem ser evitados no período noturno.
Preferir:
- Chás de ervas (erva- doce, alface, camomila, capim- limão, maçã);
- Preparações mornas e com pouco volume: caldos, sopas, mingais ( aumentam o fluxo sanguíneo gástrico reduzindo o cerebral, facilitando o sono);
- Leite morno;
- Nozes;
Evitar:
- Chá- preto, Chá mate;
- Guaraná natural;
- Cafeína
Referência Bibliográfica: Manual de Nutrição Clínica:para atendimento ambulatorial do adulto.Leila Sicupira Carneiro de Souza Leão, Maria do Carmo Rebello Gomes. 11ª.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Semana Santa
A Semana Santa é uma tradição
religiosa da igreja católica que celebra a Paixão, a Morte e a ressureição de Jesus
Cristo. E de acordo com a igreja católica durante a Semana Santa faz-se a
pratica do jejum, uma abstenção voluntária que substitui a carne vermelha por
peixes e frutos do mar.
Apesar do consumo de pescados ser mais elevado
durante a Semana Santa, o brasileiro consome geralmente 9 Kg por ano, sendo que
a Organização Mundial de Saúde recomenda 12 Kg de pescado por habitante/ano.
O peixe são fontes naturais de
proteínas para o organismo, fornecem também outros nutrientes importantes, como
vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais.
São ricos em ácidos graxos
poliinsaturados, um tipo de gordura considerada saudável, destacando-se o
ômega-3, encontrado principalmente em peixes de águas profundas e frias, como
salmão, sardinha, cavala, arenque e atum.
Apesar de trazer muitos benefícios a saúde,
quero lembrar que, aquelas pessoas que tem níveis elevados de ácido úrico,
devem evitar alguns tipos de peixes com o
alto teor de purinas como: sardinha, salmão, truta, cavala, bacalhau, arenque, anchova,
ovas de peixe e mexilhão. Procure orientação nutricional para maiores
esclarecimentos.
E na hora de comprar fique atento as características
que apresente condições de higiene e limpeza. É importante que o consumidor de
preferência aos pescados frescos e com as seguintes características: brânquias
úmidas e brilhantes, entre a cor de rosa e vermelho intenso, ausência de
manchas, furos ou cortes na superfície, escamas firmes e resistentes, os olhos devem
ocupar toda a cavidade, ser brilhantes e salientes, sem a presença de pontos
brancos ao centro do olho e deve estar conservado sob refrigeração com temperatura entre 0°C e -2°C.
Se você costuma optar pelo tradicional
bacalhau, deve-se dessalgá-lo adequadamente, por meio de fervura, para evitar
que o teor de sódio no alimento fique alto e não interfira em sua saúde , uma
vez que seu consumo excessivo pode levar ao aumento da pressão arterial.
E para consumir deixo algumas dicas
nutricionais:
·
Dê
preferencia a peixes cozidos, assados e grelhados.
·
Retire
o couro do peixe antes de consumir
·
Utilize
temperos naturais, tais como: cebola, alho, tomate, pimentão e evite temperos
industrializados.
·
No
caso de pescados que já venham salgados, dessalge-os adequadamente para evitar
o consumo excessivo de sal.
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